14 mil quilômetros.
Essa é distância que separa o Brasil
da Rússia.
Aí então, abastecido de uma paixão sem
tamanho, brasileiros atravessaram essa distância para participar de um dos
maiores eventos do planeta, a Copa do Mundo.
Porém, as vezes a ignorância é maior
que a paixão.
A necessidade de provar seu machismo é
maior que a obrigação de se mostrar racional.
A necessidade de ser escroto, que
muitas vezes segue o ser humano, foi o que moveu uma turma de brasileiros que
usou da ingenuidade de garotas russas para fazerem que as mesmas repetissem
expressões sobre seu próprio órgão sexual.
Gravar e soltar na Internet.
Aí você pode dizer que os “gringos”
fizeram o mesmo “conosco” em 2014.
Lá vamos nós justificar os nossos
erros, com erros dos outros.
Patético.
Fiquei sabendo que um dos envolvidos é
um advogado do Recife, e outro um policial de Santa Catarina.
Policial esse, que meses atrás participou de uma ação de conscientização em
Santa Catarina no Dia Internacional da Mulher. Na reportagem, ele falou sobre
iniciativas para combater o assédio na saída das universidades.
Patético.
Não vou aqui citar
nome de ninguém, não.
Não por medo de
problemas futuros, mas para não dar mais “audiência” para seres que acham esse
tipo de atitude, “engraçadas”.
A Assessoria da
Policia Militar de santa Catarina expressou nota oficial sobre o caso.
Veja a baixo:
“Um policial militar foi
identificado como um dos integrantes que aparecem no vídeo;
A corporação não
corrobora com este tipo de atitude que é incompatível com a profissão e o
decoro da classe, previsto no Regulamento Disciplinar e no Estatuto
da PMSC, independentemente de estar em período de férias, folga de serviço
ou qualquer outra situação de afastamento, devendo, portanto, responder
por suas atitudes.
Assim que se der seu
retorno, a corporação abrirá um processo administrativo disciplinar para
apurar a conduta irregular do militar.”
Torço eu, que essa
moça, consiga ter acesso a esse vídeo e que consiga descobrir o que eles
estavam almejando que ela repetisse, e tome as providencias cabíveis.
Não podemos encher a
boca para falar sobre combate ao Assédio sexual, e continuarmos a achar essas
atitudes normais e aceitáveis.
Se quiser ver o vídeo
referido, acesse esse link ...
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