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terça-feira, 19 de junho de 2018

Exportando ignorância...



14 mil quilômetros.
Essa é distância que separa o Brasil da Rússia.

Aí então, abastecido de uma paixão sem tamanho, brasileiros atravessaram essa distância para participar de um dos maiores eventos do planeta, a Copa do Mundo.

Porém, as vezes a ignorância é maior que a paixão.
A necessidade de provar seu machismo é maior que a obrigação de se mostrar racional.

A necessidade de ser escroto, que muitas vezes segue o ser humano, foi o que moveu uma turma de brasileiros que usou da ingenuidade de garotas russas para fazerem que as mesmas repetissem expressões sobre seu próprio órgão sexual.
Gravar e soltar na Internet.

Aí você pode dizer que os “gringos” fizeram o mesmo “conosco” em 2014.
Lá vamos nós justificar os nossos erros, com erros dos outros.
Patético.

Fiquei sabendo que um dos envolvidos é um advogado do Recife, e outro um policial de Santa Catarina.
Policial esse, que meses atrás participou de uma ação de conscientização em Santa Catarina no Dia Internacional da Mulher. Na reportagem, ele falou sobre iniciativas para combater o assédio na saída das universidades.
Patético.

Não vou aqui citar nome de ninguém, não.
Não por medo de problemas futuros, mas para não dar mais “audiência” para seres que acham esse tipo de atitude, “engraçadas”.

A Assessoria da Policia Militar de santa Catarina expressou nota oficial sobre o caso.
Veja a baixo:

“Um policial militar foi identificado como um dos integrantes que aparecem no vídeo; 
A corporação não corrobora com este tipo de atitude que é incompatível com a profissão e o decoro da classe, previsto no Regulamento Disciplinar e no Estatuto da PMSC, independentemente de estar em período de férias, folga de serviço ou qualquer outra situação de afastamento, devendo, portanto, responder por suas atitudes. 
Assim que se der seu retorno, a corporação abrirá um processo administrativo disciplinar para apurar a conduta irregular do militar.”


Torço eu, que essa moça, consiga ter acesso a esse vídeo e que consiga descobrir o que eles estavam almejando que ela repetisse, e tome as providencias cabíveis.

Não podemos encher a boca para falar sobre combate ao Assédio sexual, e continuarmos a achar essas atitudes normais e aceitáveis.



Se quiser ver o vídeo referido, acesse esse link ...




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