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quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Estadual um atraso de vida no Brasil? Nesse formato, sim...



O treinador Adilson Batista soltou o verbo logo após o empate do seu clube, o 

América/MG na 24ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Criticou muito os “Estaduais”, com suas inúmeras datas e formatos bisonhos.
Criticou; foi apoiado; e criticado;

O lateral do São Bento e com passagens por gigantes do Brasil, Marcelo Cordeiro, ironizou Adilson, afirmando que o treinador só pensava assim pois estava treinando um clube de série A.

Lembrou quantas pessoas ficariam desempregadas com o término dos estaduais.

Concordo com Marcelo; realmente inúmeras pessoas e profissionais ficariam desempregados se terminássemos com os estaduais.

Porém concordo com Adilson, também.

Não podemos ter dezoito datas para o campeonato estadual, como acontece no Paulistão por exemplo.

É quase um turno do Campeonato Brasileiro.

Com inúmeros compromissos enchedores de linguiça.

Ou você acha que tem torcedor que ainda fica entusiasmado para enfrentar o Mirrasol, o Novohorizontino, o Nova Iguaçu, o Patrocinense, o Esportivo? Com todo respeito para com esses clubes, mas os tempos mudaram, e se os estaduais não acompanharem a evolução dos tempos, eles acabaram ficando para trás.

Você vê o Atlético/PR disputando o estadual do Paraná com o time sub-23; E ganhando ainda;
Você vê os times de mais tradição mandando a equipe B, para viagens distantes dentro do mesmo estado, priorizando, com toda coerência, campeonato de maior nível técnico, tático e financeiro, principalmente.

Não existe mais aquela paixão por “Estaduais”;

Culpa das federações que se preocupam em enriquecerem seus mandatários corruptos, sempre com um “rabo preso” com a CBF, não podendo brigar por seus afiliados com a confederação maior, por medo de perder a “teta’ milionária.

Culpa dos clubes que não se rebelam contra suas federações, pois possuem o mesmo medo.

Pior para aquele que ainda insiste em enfrentar sol, chuva, arquibancada dura, descoberta, banheiro sujo, segurança precária para acompanhar seu time do coração, chegar com reservas, sem vontade alguma de disputar a partida, visivelmente torcendo para o compromisso acabar logo.

Não é preconceito. Muito pelo contrário.

Mas times de Série A e B não deveriam disputar quase vinte datas de estadual, para depois enfrentar mais sessenta e poucas datas durante o ano.

É perda de tempo...

Times com calendário mais inflados deveriam entrar no decorrer do estadual.

Times que param de competir em novembro, outubro, deveriam começar a disputar o torneio estadual antes, em fases eliminatórias, até chegar ao ponto de entrar os clubes de maior calendário.

Enquanto tivermos oitenta por cento dos nossos dirigentes corruptos, e outros vinte por cento se dividirem entre covardes e fracos abandonados, não conseguiremos lutar por calendários melhores e mais enxutos.

Acabo de “chover no molhado”....





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