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terça-feira, 4 de setembro de 2018

Odair Hellmann: Sempre um vencedor



Odair Hellmann, catarinense, nascido em Salete/SC, em vinte e dois de janeiro de 1977.




Odair jogou profissionalmente entre os anos de 1997 e 2009.



Foi revelado pelo Internacional, atingiu as seleções de base, ficou marcado por ser um jogador habilidoso, e com boa finalização.
Mesmo com esses adjetivos Hellmann não conseguiu se firmar, e foi atrapalhado por uma grave lesão no joelho esquerdo.

Em noventa e nove rumou para o Fluminense, foi campeão Brasileiro da Série C, e retornou ao Internacional em 2000.
Jogou pouco.

E aí começou a rodar por clubes de menor expressão.
Passou por Veranópolis, América de Natal, Mamoré, Brasil de Pelotas, Enköpings (Suécia), América do Rio de Janeiro, até que em 2005 fechou com o Remo/PA, aonde foi novamente campeão Brasileiro da Série C.

Ficou no Pará por dois anos, quando acertou sua transferência para o CRB.
Não ficou muito em Alagoas, e no mesmo ano transferiu-se para o Eastern (Hong Kong).

Em 2009 voltou para o Brasil; assinou contrato com o Brasil de Pelotas.
Foi o último contrato como jogador profissional de Odair.

No dia quinze de janeiro de 2009, mais precisamente na noite de quinze de janeiro, Odair e toda a delegação do Brasil de Pelotas/RS se envolveu em um acidente, que culminou na morte de três esportistas do Xavante.

Entre os mortos estava Cláudio Millar, o maior ídolo da história do clube.

Odair foi resgatado com vida, com a ajuda do experiente goleiro Danrlei, que fazia parte do elenco.

 




O ônibus bateu no guard rail e caiu barranco a baixo. Fiquei tomando pancada e o ônibus virando. Foi desesperador. Fiquei com as pernas trancadas nas ferragens. Após o acidente coloquei na minha cabeça que tinha até os trinta e nove anos para me preparar para uma nova função; Aí fui buscar conhecimento”. Conta Odair.

Odair Hellmann foi obrigado a abandonar o futebol, com trinta e dois anos.
Abandonar, até a página seguinte.

Em 2010, Odair procurou o Internacional, informou sua aposentadoria precoce, e pediu uma oportunidade.

Odair conversou com Fernando Carvalho, na época, vice-presidente do clube, que conhecia aquele menino do interior catarinense, desde o final da década de noventa, nas categorias de base do clube gaúcho.

Fernando Carvalho, aceitou na hora o pedido do amigo.

Odair me procurou, falou que estava passando por um momento difícil, que estava faltando até alimento em casa. Ele começou a trabalhar como observador no dia seguinte, com um salário pequeno e hoje está no time profissional”. Disse Fernando Carvalho.

Odair foi crescendo profissionalmente, subindo de cargo.

Trabalhou como assistente de inúmeros treinadores colorados, entre eles Dunga, Abel Braga, Argel Fucks, Celso Roth e Diego Aguirre.

Em 2016 foi convidado para integrar a comissão da Seleção Brasileira, na Olimpíadas no Rio de Janeiro. Como sabemos, a Seleção ganhou a inédita medalha de Ouro.


Odair fez amizade com Neymar, que o levou para um estágio com Unai Emery, na época treinador do PSG.

Após a demissão de Guto Ferreira, já na parte final da segunda divisão do Brasileirão de 2017, Odair assumiu o comando do Internacional.
Concretizou o acesso, mesmo com a perda do título.

No comando da equipe, Odair tem quarenta e nove partidas com vinte e seis vitórias.




Hoje, vive o melhor momento da recente carreira, levando o clube recém reintegrado à primeira divisão, a segunda posição da tabela, três pontos atrás do líder São Paulo, e com reais chances de brigar até o fim pelo titulo brasileiro.

Odair é merecedor de tudo o que está colhendo.

E seu sucesso é mais um exemplo de que o que é necessário para reerguer o futebol nacional é somente trabalho, e conhecimento de causa e de casa.







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