O Santos perdeu por três a zero o
jogo de ida das Oitavas de finais da Libertadores da América 2018, frente ao
Independiente/ARG. Não lembra dos gols?
Por que eles não existiram.
O clube paulista foi punido, na
manhã dessa terça-feira com a perda do resultado conquistado semana passada, o
zero a zero na casa do time argentino.
De quebra traz consigo uma derrota por três a zero, o que complica
muito o clube brasileiro para o jogo da volta, no Pacaembu, na noite dessa
terça-feira.
Tanto o Santos como a CONMEBOL escancaram a baderna
administrativa em que estão circulados.
O clube paulista afirma ter consultado o sistema “Comet” da Conmebol destinado, entre
outras coisas, para o registro de jogadores e arquivamento de súmulas, e nele
Carlos Sánchez estaria apto para jogar.
A
CONMEBOL através de seu diretor de competições, o Senhor Frederico Nantes, que
o sistema não é oficial:
''Em nenhum lugar de nossos regulamentos se
informa que condições de jogadores, suspensões, etc… podem ser verificadas no
sistema e existem algumas razões para isso. ... O sistema Comet atualmente
existe para envio da carta de conformidade e compromisso dos clubes, bem como a
lista de boa-fé. Isso é o que estabelece o regulamento das nossas competições. Além
disso, para efeitos organizacionais é o sistema onde árbitros e delegados fazem
seus relatórios''...
Nantes
ainda afirma que o Santos deveria ter contatado a própria CONMEBOL para saber a
situação do jogador uruguaio.
Porém,
como sabemos, isso nem sempre resolve o problema.
Basta
lembrar-nos do episódio envolvendo o jogador Zuculini do River Plate.
O clube argentino teria mandado oficio a CONMEBOL perguntando sobre a situação do jogador.
A
CONMEBOL respondeu dizendo que o mesmo estava apto para jogar.
Agora
descobriu-se que Zuculini tinha dois jogos de uma suspensão sofrida em 2013 a
cumprir, e a Conmebol admitiu que errou na resposta ao River. Porém como nenhum
clube representou contra o River Plate, no prazo de vinte e quatro horas, o
time argentino não corre risco de ser punido.
Estranho
também, que no caso do Santos e de Sánchez, a CONMEBOL iniciou as investigações
sobre o caso antes mesmo do Independiente entrar com recurso.
Mais algo estranho no processo todo é que em 2017, o Lanús, usou o mesmo sistema como argumento para explicar a escalação irregular de Lautauro Acosta, e a entidade deu razão ao clube argentino.Mas não era um sistema “não-oficial”.
O
Santos já definiu que vai entrar com todos os recursos que lhe couber para
buscar a invalidade desse julgamento.
“Independiente”
do resultado do julgamento, os clubes devem aprender que não devemos dar
motivos para a “CORJABOL” se sentir na razão.
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