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quarta-feira, 11 de julho de 2018

Croácia e França decidiram a Copa do Mundo 2018



Ninguém. Repito. Ninguém.

Ao começar a Copa do Mundo 2018, lá no dia 14 de junho, ninguém poderia dizer que a final desse Mundial seria entre Croácia e França.

A França como sempre, era apontada como uma das favoritas, com um time jovem e muito promissor, a Campeã do Mundo de 98, desembarcava na Rússia com o peso de chegar a uma decisão de Eurocopa, que é para muitos, uma “Copa do Mundo sem Brasil e Argentina”, mas cercada pela desconfiança por tê-la perdido em casa para Portugal, teoricamente de menor expressão no mundo da bola.

“Todo grande time começa por um grande goleiro”. A máxima se fez valer e muito nessa França. Hugo Lioris fez, até aqui, uma Copa perfeita. Muito seguro em suas defesas e arrojado em suas saídas do gol, o experiente goleiro, deu credibilidade a defesa francesa.

 A dupla de zaga nem se fala.
Umtiti e Varane foram até aqui impecáveis. Sem falar nos gols decisivos.

Pavard surpreendeu o mundo. O “meio desconhecido” lateral direito foi peça fundamental no esquema de Deschamps. Defendendo com competência e atacando com maestria.

No meio Pogba é a referência. Sério, guerreiro e habilidoso, o meia do Manchester United, começou meio sumido o Mundial, mas veio melhorando junto a seleção francesa, e chega nessa decisão em plenas condições de fazer a diferença.
Kanté é mais um fora da curva.

No alto de seu 1,68, o meia, hoje no Chelsea, é o maior ladrão de bola da Copa, com aproximadamente 60 interceptações.

Matuidi também faz uma boa copa, é o cara que muitas vezes dá segurança para a subida dos laterais.

Griezmann é um artista da bola. Seus pés agem ao mesmo tempo que sua mente. Goleador e por muitas vezes garçom, o atacante francês talvez esteja no ápice de sua careira e pode sim decidir a Copa a favor da França.

No ataque está para mim a peça que destoa dessa seleção.
Nunca gostei do futebol do Giroud. Pode calar minha boca? Pode. Mas não creio.

Porém o outro compensa tudo.
O que falar de Mbappé?

Um cara que antes de fazer vinte anos destruiu com a Argentina.
O “cara” corre mais que notícia ruim, e mescla isso com uma qualidade fora de série e um grande poder de finalização. Mbappé sem fazer vinte anos já marcou o nome na história da França, imagina daqui para diante. Esse moleque será um fenômeno.

A Croácia.

O Brasil enfrentou essa seleção dias antes do Mundial.
Uma vitória por dois a zero, que deu uma boa impressão de nossa seleção.

Essa Croácia fechou a primeira fase com 100% de aproveitamento.
Bateu a Nigéria, humilhou a Argentina e ganhou, com o time reserva, da Islândia.

Nas oitavas começou as dificuldades.
Suou sangue para bater, nos pênaltis a Dinamarca. Modric sonha com esse duelo até hoje.

Nas quartas, a Rússia, também foi pedreira.
Novamente penalidades. Novamente vitória Croata.

Hoje a Inglaterra era favorita.
Saiu na frente, mas preferiu cozer a partida. Tomou o empate de uma decidida Croácia. E na prorrogação Mandzukic fez o gol da vaga, o gol da história.
Com Subasic, sendo um monstro nas disputas de pênaltis, o experiente Vida, ao lado de Lovren, comandaram a zaga croata.

Vrsaljko e Strinic foram muitas vezes o desafogo do time, no ataque, muitas vezes com cruzamentos perfeitos para a chegada dos atacantes.

Marcelo Brozović, foi um coadjuvante de luxo. Muito seguro em todas as partidas, o volante da Internazionale teve ao seu lado o muito mais badalado Rakitic, mas não ficou na sombra do jogador do Barcelona, dando uma segurança muito grande para defesa croata.

E falando na fera, Rakitic fez o que se esperava dele.
Aparecendo muito bem na frente e recompondo muito rapidamente o meia/volante foi peça mais que fundamental no esquema da seleção Croata.

E o que falar do craque do time?

Modric viveu altos e baixos nesse Mundial.
Fez uma primeira fase perfeita, aonde só não fez chover contra a Argentina, mas teve um mal momento nas oitavas de finais, aonde perdeu um pênalti na segunda etapa da prorrogação contra a Dinamarca.
Voltou a ser importante na semifinal, e disputará com Mbappé o rotulo de melhor jogador do Mundial.

O até então desconhecido, Rebic, foi outro a surpreender nessa Copa.
Fez uma grande partida contra a Argentina e nas demais partidas sempre vem aparecendo bem, com um belo chute e muita velocidade.

Perisic foi muito decisivo nessa semifinal de hoje. Com um golpe de “sei lá o que” empatou a disputa e deu sobrevida a seleção croata, foi o começo da reviravolta na história da partida.

Por fim Mandzukic. O centroavante, que joga pelos lados na Juventus. Meio desengonçado, mas capaz de fazer golaços. Esse é Mandzukic. E esse cara foi o grande nome dessa tarde.

Ele brigou no alto, brigou em baixo, dividiu bola com o goleiro, com o zagueiro, com todo mundo, roubou bola no meio-campo, e fez o gol da classificação. Um gol de centroavante. Oportunista. Preciso. No lugar certo. Na hora certa.

O que esperar dessa decisão de domingo?
Um grande jogo. Cheio de emoções.

A França pode até ser favorita, mas dá para menosprezar uma seleção que goleou a Argentina, virou para cima da Inglaterra, e tem em seu time jogadores dos mais diversos gigantes da Europa?

As últimas três decisões de Copa do Mundo não terminaram no tempo normal. Torço para que essa siga o mesmo destino.

Quero ver Copa.
E desde agora. Que Copa foi essa?







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